A estrela do pop Sigrid ficou no topo da lista do Sound of 2018 da BBC em janeiro do ano passado com apenas um EP contendo 4 faixas e um pequeno, mas espetacular, set no Glastonbury.

O anúncio pegou de surpresa a jovem cantora de 22 anos de idade.
“Eu só quero gritar/xingar muito, mas sei que não posso fazer isso na BBC então estou tentando me segurar.”
Disse ela, confessando que nunca esperaria que o prêmio fosse para uma artista norueguesa.
Desde então, a cantora alcançou seu primeiro top 10 com “Strangers“, teve ingressos esgotados no Brixton Academy em Londres, conheceu um canguru pela primeira vez e descobriu que Helen Mirren era uma fã.
“Ela disse que gostava das minhas músicas. Aparentemente ela havia me escutado antes.”
Sigrid disse depois de encontrar com a atriz no The Graham Norton Show:
“Ela é muito, muito legal.”
Apesar da programação de shows na turnê ser bem agitada, Sigrid conseguiu tempo para finalizar o seu álbum de estreia – Sucker Punch – que será lançado em março desse ano.
Ela não pode nos dizer nada sobre isso, nem mesmo o título das músicas que a sua gravadora tocou para nós antes da entrevista.
“Me desculpe!”
ela se encolhe.
“Vocês terão que esperar.”
Sigrid sentou para relembrar os melhores momentos de seu grande ano.
“Alerta de spoiler: foi um ano e tanto”.
Ela sorri.
Descobri que ganhei o Sound of 2018 em frente a uma equipe de TV
Esse foi um momento fascinante. Quando você recebe uma notícia como essa você não tem ideia de como reagir, então eu tive todas as emoções que você pode imaginar. Foi emocionante, foi assustador, fiquei orgulhosa, me senti humilde, fiquei assustada. Não sei como explicar.
Ter ganhado ajudou muito na minha carreira. Me ajudou a ter apresentações na TV e a participar de festivais, me apresentei mais e mais pessoas me ouviram. Eu sou muita grata a isso.
Uma única apresentação de TV fez com que Strangers entrasse no Top 10
Trabalhamos duro naquela apresentação e foi insanamente legal, mas eu estava super nervosa na entrevista. Inglês é a minha segunda língua então algumas vezes, quando as pessoas falam muito rápido, eu tenho que me esforçar mais para entender o que estão dizendo. Devido eu estar nervosa, eu disse para todo mundo na TV nacional que meu sonho era conhecer um canguru! Eu não sei de onde eu tirei aquilo!
Essa coisa de canguru me assombrou por um tempo. Se tornou uma coisa que nas entrevistas as pessoas me perguntavam sobre cangurus.
Essa foto foi no parque em Queensland na Austrália. Eles são animais muito fortes. Nunca arrume problemas com um canguru.
Vi diversos animais estranhos naquela turnê – um canguru, um coala e um monte de aranhas num tronco, em uma caminhada. Elas eram perigosas? Eu não sei e para ser honesta eu não quero descobrir.
Cantei para a Família Real Britânica… duas vezes

Cantei para a Família Real no Palácio Real na Noruega em fevereiro quando William e Kate fizeram uma visita. Eu não podia contar para ninguém por motivos de segurança – mas troquei umas ideias com o William e com a Kate por 5 minutos e eles foram muito amáveis. Então eu tive a oportunidade de cantar para o Harry e para a Meghan no Royal Variety Performance.
Fui orientada em como se dirigir a eles: Sem palavrões! Mas eles são super tranquilos.
Marcando com um “feito” na lista de objetivos de carreira com o Coachella
Olhando para o passado, eu não sei se eu estava mais animada por cantar ou por ver a Beyoncé pela primeira vez!
Obviamente, nosso show foi maravilhoso – Coachella tem sido um dos meus sonhos. Me lembro de pensar, “É melhor você aproveitar! Melhor você não pensar em nada além do que você está fazendo agora”. Mas ver a Beyoncé junto com o Destiny’s Child foi insano. Na verdade eu não sabia que eu era uma fã do Destiny’s Child até a hora em que eles começaram a se apresentar e eu sabia todas as letras. Fiquei tipo, “O quê?! De onde eu sei isso?”
Minha turnê foi abastecida com queijo
so, we have Jarlsberg (my favourite Norwegian cheese) on our rider, and it made it to a headline the other day. lol I’m so proud. #Jarlsberg pic.twitter.com/nIGqp49vBT
— sigrid (@thisissigrid) 2 de dezembro de 2018
Estivemos em turnê pela Europa em novembro. Foi provavelmente a primeira vez que vivi em um ônibus de turnê e eu amei cada segundo disso.
Eu levei pantufas. Sabe aquelas de lã? E também levei muita água e queijo Jarlsberg. Eu como Jarlsberg em minhas viagens. De fato, eu comi umas fatias bem antes de começarmos a entrevista. Eu amo muito, é um queijo muito gostoso.
Aviso: queijo demais é prejudicial à saúde.
Tivemos um show na Suíça em outubro, claro tivemos que comer queijo suíço! O meu empresário de turnês, minha backing vocal e eu saímos para jantar e comemos Raclette e fondue e todas essas coisas de queijo suíço. Tive pesadelos e uma baita dor de estômago por uns três dias depois disso.
Eu amo que esse resumo do ano é somente eu falando de queijo e animais.
Se apresentar no UNHCR Awards foi despretensioso

UNHCR / MARK HENLEY
Foi para isso que fomos à Suíça. A organização do UNHCR –
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados – nos convidou para cantar para o Dr. Atar [Evan Atar Adaha, um cirurgião que comanda um hospital remoto no Sudão do Sul] Ele ganhou o Prêmo Nansen. Ele é uma pessoa brilhante. Aprendi muito naquela noite.
A opinião da Sigrid sobre política mundial é explicita em uma de suas músicas, “Savage In Our Blood”, apresentada todas as noites em sua turnê pela Europa.
“Savage In Our Blood” é sobre todo o caos que nos cerca, e como selecionamos o que é bom e o que não é. É um tópico incomum para se retratar em uma música pop, mas esse é o significado: tudo parece complexo e caótico quando se trata de política internacional, ou crise internacional. Eu irei escrever mais sobre isso em algum momento provavelmente – só preciso encontrar as palavras certas.
“Sucker Punch” foi o videoclipe mais difícil até hoje
Esse teve gravações intensas. Fizemos em dois dias em Londres, de de manhã até às 4 da madrugada.
O objetivo era eu ser eu mesma com o meu figurino normal, o jeans e a camiseta, mas tudo em volta era caótico e surreal – tínhamos fantasmas em patinetes e eu estou soltando fogos de artifício com minha coreografia. Essa parte foi muito legal. Me senti fodona.
Finalizar o meu álbum de estreia me manteve no chão

SIGRID / INSTAGRAM
Minha agenda estava bem maluca mas tive algumas semanas para trabalhar no álbum nesse verão e algumas semanas no outono. É muito importante para eu voltar ao estúdio porque isso deixa o meu foco onde deve estar, e é na música.
Ainda não posso dizer o que tem no álbum– mas todas as músicas são pessoais, estou muito animada e um pouco nervosa a respeito das pessoas escutá-lo.
A pré-venda do álbum está disponível aqui, também é possível adicionar o álbum previamente no Apple Music e no Spotify.
O auge foi as apresentações ao vivo
É muito mágico quando você sente que você e a plateia estão fazendo o show juntos. Isso não acontece o tempo todo mas por toda a turnê na Europa acontecia.
Tinha pessoas na plateia dos 7 anos aos 80. Juro que vi um senhor de 80 anos no nosso show em Dublim. Ele estava sentado com sua esposa e ele sorriu o show inteiro. Eu não conseguia parar de olhar para ele, aquele sorriso era inacreditável.
Não nos conhecemos; eu não disse “oi” para ele depois; e talvez eu nunca mais o veja – mas pelo fato dele estar se divertindo, eu chamaria isso de mágico. Isso significou muito para mim.
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