– Como você criou a “Don’t Kill My Vibe”?
“Don’t Kill My Vibe” foi criada numa sessão de escrita, de Martin Sjlølie comigo, logo depois de ele me perguntar sobre o que eu andava pensando ultimamente. Eu comecei a falar sobre como uma sessão anterior estava um pouco complicada. Essa música é sobre o sentimento de não ser respeitada como pessoa, e eu acho que isso é algo que dialoga com essa geração.
– De que forma o cenário musical da Noruega tem impacto em você?
Bom, meu irmão e minha irmã têm as vozes mais brilhantes que eu conheço, ambos são muito musicais. Além disso, meu irmão é um artista, então minha família foi realmente importante. Fora isso, a cena musical norueguesa é um pouco pequena, então todo mundo conhece todo mundo, e eu adoro isso! Bergen, que é onde vivo agora, tem uma comunidade musical muito boa, e todas as pessoas tocam em 10 bandas diferentes.
– Quais são os artistas noruegueses que você escuta? Quem é cool no cenário pop da Noruega?
Por onde eu começo? Artistas femininas como Aurora, Astrid S, Amanda Delara, Julie Bergan, Ane Brun, Hanne Kolstø, Dagny, Fanny Andersen, Emilie Nicolas, Jenny Hval and Susanne Sundfør. Então, temos Lars Vaular, Karpe Diem, Blood Command, Hajk, Highasakite, Great News e Bloody Beach. Ok, são muitos.
– Qual é a mensagem por trás de “Don’t Kill My Vibe”? Como ela dialoga com as outras músicas que você escreveu?
A mensagem é para que você se abra. Eu escrevi a música, junto com Martin, porque eu estava tão chateada comigo mesma por não ter me aberto naquela sessão de escrita inicial. A maioria das músicas que eu escrevo são cheias de poder, e eu suspeito que isso venha do meu amor pelo grotesco da arte Renascentista e pelo Festival Eurovisão da Canção. Mas, mais uma vez, sempre existem músicas cruas e vulneráveis, e elas são importantes pra mim também.
– Qual foi a primeira música que você escreveu?
Foi uma música chamada “Sun”. Meu irmão estava tocando na nossa cidade natal Ålesund, e eu ainda estava morando lá porque estava no ensino médio. De todo jeito, ele quis que eu me juntasse a ele como backing vocalist e que eu performasse uma música solo, mas não queria que fosse Adele. Deveria ser uma música original, e eu realmente queria performar com ele, então eu escrevi uma música em duas semanas.
– Como a cultura norueguesa influencia a sua música?
As letras das minhas músicas são na verdade somente eu falando sobre a vida, mas, eu acho, a natureza provoca esses sentimentos. Quando você está rodeada pela majestosa natureza norueguesa, é muito fácil começar a pensar sobre as coisas que você não tem tempo na vida do dia-a-dia.
– Você lançou um EP. Conte sobre isso. O que você estava ouvindo no período em que o lançou?
Eu estou empolgada e com medo ao mesmo tempo, mas mais empolgada. Eu estava ouvindo as mesmas bandas que eu sempre escuto, como Coldplay, Neil Young, Adele, Joni Mitchell, Ellie Goulding, Kings of Convenience, Robyn e Fleetwood Mac. Então eu comecei a ouvir Grimes, Skepta, Maggie Rogers, Hajk e outros.
– Você gosta de ser comparada com a Adele, Lorde e Florence Welch? Ou você quer ser reconhecida separadamente?
Eu fiquei tímida agora. Elas são algumas das minhas artistas preferidas, então eu não posso dizer nada além de que estou muito lisonjeada.
– ‘Sigrid’ é seu nome de verdade?
Sim! Eu lembro de odiar esse nome quando estava crescendo, porque é um nórdico antigo que só as avós têm. Mas eu o amo agora. Obrigada, mãe e pai!
– Quais artistas influenciaram você?
Joni Mitchell, Adele, Florence + the Machine, Neil Young, Robyn, Grimes, Ellie Goulding, Lykke Li, Nelly Furtado, pra nomear alguns.
– De que forma você quer mudar a cena pop?
Minha meta é escrever músicas que fiquem na cabeça das pessoas e que façam com que elas sintam alguma coisa.
– Onde você se vê em cinco anos?
Provavelmente num estúdio criando novas músicas. E eu espero que eu tenha um gato.
– Qual foi a lição mais importante que você aprendeu com a música?
Que colaboração é a melhor coisa!
Você pode conferir a entrevista em inglês para a NYLON clicando aqui.